16 de novembro de 2007

Senado volta a discutir aumento de salários

Senado volta a discutir aumento de salários
Parlamentares querem equiparação com ministros do Supremo

Com receio de que novas polêmicas desgastem a imagem da Câmara, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), rejeitou ontem a idéia de aumentar subsídios dos parlamentares, que renasceu no Senado nesta semana.Ele disse que não está em debate na Câmara a equiparação dos subsídios de senadores e deputados aos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi defendida em reunião da Mesa Diretora do Senado na quarta-feira.Se a equiparação com o STF for aprovada, os subsídios subirão de R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil. Chinaglia lembrou que o debate sobre equiparação, feito no final do ano passado, provocou imenso desgaste na imagem da Casa. Houve reação da população à tentativa de ampliar os vencimentos no Congresso.- Essa discussão foi essencialmente traumática. Então, não está na pauta. É óbvio que, se o Senado procurar a Câmara, vou ouvir. Está no colo lá, do Senado. Se o Tião vier falar comigo, vou ouvir e responder a partir do que eu ouvir. O que estou antecipando é que isso não está no horizonte da Câmara - disse Chinaglia, referindo-se ao presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC).Senadores querem aumento em troca de fim de verbaA equiparação dos subsídios dos parlamentares aos dos ministros do STF voltou a ser levantado quarta-feira por Viana, com o argumento de que melhor seria aumentar os subsídios do que manter a polêmica verba de gabinete. Depois de resistirem à idéia de colocar na internet como gastam os R$ 15 mil mensais das despesas de gabinete - o que já acontece na Câmara - , os senadores concordaram com a medida, mas consideram que o melhor é incorporar parte da verba aos subsídios.Para Tião, em vez de o Senado pagar os R$ 15 mil e o subsídio de R$ 16,5 mil, o ideal seria acabar com a verba de manutenção de gabinete e aumentar o subsídio do parlamentar. Segundo ele, isso permitiria mais transparência.O primeiro-secretário do Senado, Efraim Moraes (DEM-PB) também defendeu a fórmula, argumentando que permitira economia.- No total, temos R$ 31,5 mil. São R$ 16,5 mil de salário e R$ 15 mil de verba indenizatória. Se passarmos (o subsídio) para R$ 24,5 mil, teremos uma decréscimo de R$ 7 mil por parlamentar - argumentou Efraim.

PARA ENTENDER O REDESENHO E A OCUPAÇÃO



Entender a mobilização que ressurge hoje na PUC-SP com esta ocupação é saber que a universidade passa por um processo de readequação financeira e acadêmica desencadeado no fim do ano de 2005, com a intervenção da Cúria Metropolitana de São Paulo através da mantenedora da instituição, a Fundação São Paulo, em parceria com a atual gestão da Reitoria, encabeçada pela reitora Maura Véras.
Naquele momento, o grupo gestor alardeou para todo o país a existência de “uma grande crise” que necessitaria de “grandes esforços de toda a comunidade da PUC-SP”. Contratos docentes foram maximizados – algo que seria temporário mas, há poucos dias, foi prorrogado pelo Conselho Universitário – e cortes de despesa com estrutura foram aplicados. Isso não foi o bastante, era preciso “enxugar” a folha de pagamento. No início de 2006, a Reitoria da PUC-SP, munida de extrema falta de delicadeza e tato político, desfilou pelos corredores da universidade com o grande abre-alas desse processo: a demissão conjunta de quase mil trabalhadores, dentre professores e funcionários. Medida que na época gerou grande mobilização estudantil: assembléias e atos gigantescos, o “cadeiraço” e a greve.
De lá para cá, o processo de readequação financeira e acadêmica da universidade vem avançando a passos largos. A política filantrópica sofreu alterações, o formato dos cursos sofreu alterações – por meio das reformas curriculares 2006/2007 – e até mesmo o caráter de “universidade democrática e politizada” vem sendo enterrado: não é raro deparar-se com a ação dos seguranças terceirizados ao mínimo sinal de agitação política no campus.
Bem, mas afinal, o que este “Redesenho Institucional” tem a ver com tudo isso? Todo este processo de readequação que estamos presenciando desde 2005 precisa agora ser sacramentado e aprofundado. Este é o papel do Redesenho. Em linhas gerais ele visa promover uma grande reestruturação na universidade para que todas essas alterações já concluídas ou em andamento sejam institucionalizadas. Para além, propõe um novo projeto de universidade, prevendo uma reorganização dos Centros, Faculdades e Departamentos que torna ainda mais centralizado o poder na PUC-SP. O Redesenho visa também uma grande mudança em nosso Estatuto, alterando, dentre outros pontos, a representatividade nos conselhos superiores e das unidades.
É curioso observar também que este Redesenho aparece em meio a um cenário de profundas mudanças no ensino superior brasileiro. Ou seja, é preciso notar em que contexto surge tal reestruturação. A mudança que desejam efetuar está intrinsecamente ligada ao novo modelo de Universidade que vem sendo projetado nacionalmente: voltado única e exclusivamente ao mercado, sem levar em conta muitas demandas da sociedade. Prova disso está no fato deste Redesenho ser claramente inspirado no Reuni, projeto de redesenho pautado pelo governo federal para as universidades federais, e que vem sendo foco de grandes protestos e ocupações em diversas instituições de ensino do país.
Tudo bem. Mas isso tudo pode ser bom, não pode? Por que Ocupar? Logicamente, os pontos de vista nunca são iguais. Sempre existirão aqueles que vêem de forma positiva os contornos dessa mudança. Apesar de tudo, o que nos traz hoje a esta ocupação não é uma mera questão de ponto de vista.
Pensemos em tudo o que está em jogo neste processo: mudança do estatuto, da organização das unidades que compõem a universidade, da representatividade nos conselho, enfim, muitas mudanças que alterarão o destino de todos nós, certo? Pois bem. Em nenhum momento foi aberto um espaço em que toda comunidade pudesse pautar as mudanças que sentem como realmente necessárias.
Notemos que este processo de Redesenho, que já estava definido em dezembro de 2006 e, antes dessa data, já vinha sendo debatido nos altos escalões da universidade, apenas começou a ser parcamente divulgado em maio deste ano. Com muito custo os Centros Acadêmicos da PUC-SP conseguiram a realização de uma audiência pública para se debater o processo. Evento que apenas foi realizado pela Comissão de Redesenho Institucional (Cori) – que é composta por representantes do Consun, com especial peso daqueles envolvidos com a burocracia acadêmica – QUATRO MESES DEPOIS das manifestações dos CAs e associações de professores e funcionários e, curiosamente, A UM MÊS da reunião do Consun que deliberará qual proposta de redesenho será aplicada em nossa universidade.
Muito foi feito para que pudéssemos ser ouvidos. Prova disso foram as duas reuniões entre CAs e Reitoria em junho deste ano, durante as quais fomos insistentes no pedido de um processo amplo e democrático para a participação de toda a comunidade neste processo. Insistentes também fomos ao longo de todo o ano de 2006 e 2007 com os pedidos de ampliação do número de bolsas e rematrícula dos inadimplentes. Tudo devidamente registrado pelos jornais existentes na universidade, disponíveis a todo qualquer farsante de plantão.
Durante estes últimos dois anos fomos completamente ignorados. Enfim, chega o momento em que os ignorados se fazem imprescindíveis para o funcionamento da universidade. A despeito dos ditos que bradam enfurecidos todos os detentores de poder em nossa sociedade, como se fossem leis, ocupar uma Reitoria é um processo legítimo de manifestação que se faz presente quando todas as outras alternativas possíveis estão esgotadas. Saibamos que a lei é passível de interpretação. Saibamos todos analisar os acontecimentos libertos dos filtros impostos pela grande mídia. Saibamos que não podemos mais ser ignorados.
saiba mais atravez: http://ocupapuc.wordpress.com/

Belém convida para Ação Global em 26 de Janeiro

Após três dias de reuniões conjuntas, organizações internacionais e da Amazônia convocam mobilizações globais. Coletiva realizada dentro de barco indica que o FSM será também um fórum navegante
www.wsf2008.net

Após três dias de reuniões conjuntas, organizações internacionais e da Amazônia convocam mobilizações globais. Coletiva realizada dentro de barco indica que o FSM será também um fórum navegante
Integrantes do Conselho Internacional (CI) do Fórum Social Mundial se reúniram dia 1º, em Belém, com a imprensa, para dialogar sobre a construção da Semana e Dia de Mobilização e Ação Global que ocorrerá de 20 a 26 de janeiro de 2008 e os preparativos para o FSM 2009, que terá Belém como sede. A coletiva foi realizada no barco Tribo dos Kayapós, na Estação das Docas, onde Rafaella Bollini, da organização italiana Arci, explicou o processo de mobilização. Um ano antes de realizar sua edição na Amazônia (janeiro de 2009), o FSM fará uma grande jornada internacional de mobilizações e ações, no maior número possível de localidades e formatos, para expressar o compromisso todos os movimentos, grupos e pessoas que o integram com a construção de Outro Mundo Possível. "O Dia de Ação Global será o primeiro evento mobilizador no processo de construção do FSM 2009 e os olhares de todo mundo se voltarão, em particular, para o que vai ocorrer em janeiro próximo na região amazônica", disse Cândido Grzybowski, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Por essa razão, o Conselho Internacional escolheu Belém para reunir-se e organizar a jornada. "É uma forma de manifestar nosso interesse e total apoio". Durante três dias, mais de 100 pessoas de quatro continentes, integrantes do CI, vindas de diferentes regiões do mundo, estiveram na cidade para encontrar-se com organizações, redes e movimentos sociais da região amazônica, engajadas na preparação do FSM 2009, para juntas avaliarem e avançarem no processo de preparação das mobilizações. Amazônia no centro do debate Inserida no coração das preocupações mundiais com a preservação recursos naturais, condições climáticas e biodiversidade, a Amazônia evoca muitos dos grandes temas tratados internacionalmente no mundo do FSM. O processo em Belém vai ajudar a entender melhor essas questões, acredita a indiana Meena Menon, da Focus on the Global South. Michael Leon Guerrero, da Grassroots Global Justice Aliance, acrescenta a importância política e econômica da região, afetada pela política militarista dos Estados Unidos e forte presença das multinacionais. A soberania dos países que integram a Pan-Amazônia é ameaçada por essa intromissão, disse ele. Mas ficou claro que não será o Conselho Internacional do FSM a definir os assuntos que interessam à região, e sim as organizações da Amazônia, nos processos de consulta e construção do FSM, como explicou Chico Whitaker, da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 2009, haverá um dia de atividades inteiramente voltadas a debater esses temas. Será o primeiro momento do FSM e já é chamado de Dia da Amazônia. Em 2008, as organizações, movimentos e comunidades é que desenharão as atividades regionais para o Dia de Ação Global. O processo de mobilização para janeiro próximo já começou, segundo Luiz Arnaldo Campos, do Conselho Pan-Amazônico. Ele explicou que a primeira idéia é organizar um grande ato público em Belém e também aprofundar diálogos já iniciados com diversos grupos e etnias indígenas, afro-religiosos, comunidades extrativistas e trabalhadores(as) rurais para a organização de atividades próprias. Já estão sendo propostos atos de acolhida dos grupos que chegarão por terra e rio para a cidade e também encontros regionais de comunidades distantes, que enviarão mensagens para o Dia de Ação Global. As viagens rumo a Belém anteciparão um pouco do que está sendo programado para o FSM em 2009: o início das atividades com dias ou semanas de antecedência, em forma de caravanas fluviais ou terrestre. "Será um forum que se move e navega pela Amazônia", explicou Luiz Arnaldo. O FSM pelo mundo Pela primeira vez, a grande mobilização que se contrapõe ao Fórum Econômico Mundial - encontro das potências capitalistas marcado para a última semana de janeiro de 2008, será feita sem a promoção de um evento centralizado, como as edições anteriores do Fórum Social Mundial. Desde 2001, os encontros mundiais do FSM acontecem em uma cidade (Porto Alegre em 2001 a 2003 e 2005, Mumbai, em 2004, Nairóbi em 2007), com exceção de 2006, quando três cidades em três continentes (Caracas, Bamako e Karachi) compartilharam o papel de sede do evento. Em 2008, o FSM será feito de milhares de atividades e manifestações em diferentes partes do mundo. Uma das estratégias definidas em Belém para janeiro de 2008 é a comunicação entre todos esses eventos simultâneos. Haverá plataformas virtuais na internet e transmissão de audiovisuais via satélite (www.fsm2008.net) das múltiplas atividades pelo mundo. Para ativar essas ferramentas, jornalistas e comunicadores(as) sociais e as próprias entidades dos diferentes continentes entrarão em rede para uma jornada midiática que acompanhará a Ação Global. (Informações pelo e-mail: media@fsm2008.net) Jason Nardi, do Grupo de Trabalho de Comunicação do FSM, convidou a imprensa e meios alternativos da Amazônia a participarem dessa jornada de cobertura do Dia de Ação Global e anunciou a iniciativa audiovisual de produção e troca de vídeos de 1 Minuto sobre os temas do FSM. Qualquer pessoa ou organização que trabalhe com linguagens audio-visuais podem participar. Outra estratégia definida em Belém foi a de mobilização. Organizações, movimentos e redes chamarão ativistas para expressarem suas lutas, reivindicações, idéias e bandeiras, de acordo com diferentes possibilidades e culturas. "O objetivo é dar uma visibilidade e impacto globais a todas as articulações feitas por diferentes grupos nas suas localidades e fortalecê-las no contexto global, interligando iniciativas e envolvendo nos atores sociais no processo FSM", explicou Raffaella Bollini, que integra o Grupo de Trabalho de Mobilização do FSM.
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

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