"ação direta é a arma que nós temos
pra fazer justiça pra viver
povo na rua, pra resistir e pra lutar
povo que avança
para o poder popular"
A exemplo desta canção popular, nós Catadores organizados no MNCR saímos as ruas de varias regiões dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, realizando ação direta neste dia 11 de dezembro, um dia depois do dia internacional dos direitos humanos para reivindicar a permanência de nosso trabalho, o reconhecimento e a valorização dos catadores através de subsídios públicos, a circulação dos catadores organizados e suas ferramentas de trabalho pelas cidades, construção de galpões e estrutura para o trabalho.
pra fazer justiça pra viver
povo na rua, pra resistir e pra lutar
povo que avança
para o poder popular"
A exemplo desta canção popular, nós Catadores organizados no MNCR saímos as ruas de varias regiões dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, realizando ação direta neste dia 11 de dezembro, um dia depois do dia internacional dos direitos humanos para reivindicar a permanência de nosso trabalho, o reconhecimento e a valorização dos catadores através de subsídios públicos, a circulação dos catadores organizados e suas ferramentas de trabalho pelas cidades, construção de galpões e estrutura para o trabalho.
Em Porto Alegre e Região Metropolitana, nossa ação direta teve a saída da Ilha Grande dos Marinheiros e contou com a participação de bases orgânicas de Porto Alegre e a COOPAL além das bases orgânicas de Cachoeirinha, Gravataí, São Leopoldo e outras regiões de Porto Alegre.
Mais de 350 catadores caminharam tomando as ruas em Porto Alegre em direção a Prefeitura que fica no centro. Com palavras de ordem e manifestações políticas e culturais avançamos até nosso objetivo. As 14hs fomos recebidos por um secretário da prefeitura como ele não conseguia resolver nossa pauta de reivindicação, agendamos uma reunião com o prefeito para o dia 12/12 as 15hs.
Veja agora algumas falas de companheiros catadores: "não quero mais ter medo de trabalhar, medo de me levarem minha carroça e roubarem meus materiais, chega de injustiça"
"...geramos mais postos de trabalho a partir dos nossos, sem as carroças acabará com o trabalho dos capinseiros que cortam capim pros cavalos, ferreiros que fazem e colocam ferraduras, arreieiros que faz arreios, marceneiro que fazem carroças, o armazém e o mercadinho das nossas vilas, e mais outros trabalhadores que dependem de nós para trabalhar"
"chega de injustiça...queremos trabalhar com dignidade, reconhecimento e valorização do nosso trabalho"
Estas foram algumas palavras faladas durante os discursos calorosos que arrancavam palmas das pessoas que passavam pelo local além de palavras de ordem dos companheiros que estavam atentos aos discursos.
Uma das mais empolgantes das intervenções dirigido a população que nos assistia, foi nos passado por um companheiro da comissão nacional do MNCR. ele diz "...coletamos 150 toneladas por dia a custo zero..., este prefeito recebeu 200 mil reais para sua campanha na eleição, será que agora é hora de pagar?...mas e a empresa, não vai cobrar nada pela coleta?...quem pagará a conta?...somos mais de 15 mil catadores em Porto Alegre, se acabar com nosso trabalho, o que vamos fazer para sustentar nossas familias? já ouviram falar em MAFIA DO LIXO???" Estas são as perguntas que a sociedade portoalegrense quer escutar. Em Santa Cruz do Sul, na região do Vale do Rio Pardo, o MNCR juntamente com Resistência Popular realizaram a ação direta em frente a prefeitura com mais de 100 companheiros entre catadores, crianças, adolescentes e educadores populares, mais apoiadores. O MNCR reivindica junto ao executivo municipal o sancionamento de uma lei ? iniciativa dos próprios catadores e catadoras ? que institui o repasse dos materiais recicláveis coletados no município aos catadores organizados. A lei já foi aprovada pela Câmara. O prefeito disse que não pode aprovar a Lei agora porque há pouco tempo saiu a licitação para recolhimento e destinação, que já prevê que o material vá para os catadores. "É preciso esperar o resultado de licitação, que sai no mais tardar em abril, para se aprovar a Lei", disse o prefeito. O MNCR vai continuar pressionado, mas esse foi um importante passo para essa conquista se concretizar.
Já a Resistência foi cobrar políticas públicas para projetos autônomos na periferia. A partir da Luta do 1° de maio protagonizada pelos movimentos, foi formada uma comissão de vereadores para acompanhar as demandas dos movimentos junto ao executivo. Dentro da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) , está uma emenda que prevê destinação de um recurso público para suprir as necessidades da "Escolinha da Resistência", que educa diariamente cerca de 30 crianças e adolescentes do bairro Bom Jesus.
O recurso vai inclusive subsidiar o trabalho das educadoras que não recebem nada pelo seu trabalho. "Cobramos do prefeito que aprove a emenda e libere o recurso ainda no inicio do ano, para dar andamento às nossas atividades", falou a coordenação do movimento. Wenzel se comprometeu a voltar a fazer uma reunião com uma comissão da Resistência assim que a LDO for para o executivo. A previsão é que o Orçamento seja votado apenas em janeiro.
Em Caxias do Sul, o MNCR contou com a participação de 5 bases orgânicas, o dia foi de muita chuva, o que dificultou mas não acabou com a ação.
A prefeitura recebeu uma comissão do MNCR e nesta discussão encaminharam um grupo de trabalho que irá discutir a inclusão dos catadores com subsídio e outras demandas pontuais. Uma ONG e mais uma vereadora quiseram participar desta reunião, mas o MNCR não aceitou, "somos protagonistas e na hora da caminhada na chuva não apareceu ninguém, agora querem nossos louros..." escutou-se de um dos catadores. Os companheiros almoçaram na sede dos sindicato dos municiparios que apoiou inclusive com o carro de som e a tarde foram em direção ao Ministério do Trabalho. Durante todo o dia os companheiros distribuiram panfletos para a população entender melhor a luta do MNCR.
Em Santa Catarina, na cidade de Florianópolis o MNCR foi em direção a prefeitura onde exigi-mos que a prefeitura destine um terreno para que os catadores possam trabalhar. Entendendo um pouco a história. Em Florianópoli ja tinham um terreno com galpão. A prefeitura tirou o galpão e o terreno numa politica de higienização, apezar das lutas e resistencia que o MNCR fez, a prefeitura acabou tirando-nos do nosso trabalho.
Agora os estamos em um terreno que pertence a união e a luta é que a prefeitura destine um terreno, para que possamos trabalhar.
"Contamos caom a participação de todos os companheiros organizados no MNCR, o que nos deixou mais fortes durante a luta" diz o companheiro ca comissão nacional do MNCR. O MNCR ficou de apresentar um projeto para que a prefeitura avalie e com isso faça a destinação de um terreno conforme reivindicação do MNCR.
Em Erechim, na região norte do RS, saimos as ruas no dia 10, nossas reividicações é a inclusão dos catadores com subsídio além de agumas pautas pontuais. Em Santiago, na região centro também saimos as ruas pelas mesmas reividicações. Ja em Uruguaiana, estamos em discussão com a prefeitura a alguns dias, estamos aguardando as respostas da prefeitura quanto ao reconhecimento e a valorização dos catadores organizados através de subsídio.
Portanto, no dia de hoje não saímos as ruas, pois ainda estamos em avaliação das negociações, mas estamos em todo o apoio ao MNCR.
Luta nacional do MNCR
Depois da luta contra as prefeituras, também entregamos um documento na delegacia Regional do Trabalho e no Banco do Brasil de algumas cidades, que foi encaminhado ao governo federal, cobrando uma conquista do MNCR em março de 2006, na Marcha de Brasília. O mesmo documento foi entregue em todas as regiões que realizaram esta ação direta, numa luta conjunta e simultânea. A luta dos MNCR em Brasília há quase dois anos garantiu recursos federais para a criação de 39 mil postos de trabalho para os catadores e catadoras organizados no MNCR.
O documento exige a liberação dos recursos diretamente para associações e cooperativas de catadores, sem intermediação de ONGs e prefeituras. "Estamos cobrando do governo federal esse recurso que conquistamos na luta. Lembro-me muito bem que quase perdi minha vida e a de vários companheiros nesta luta. Não daremos nenhum passo atrás na conquista de nossos direitos", disse um dos coordenadores regionais do Movimento Nacional dos Catadores.
Outro eixo da Luta Nacional é contra a repressão e a violência aos catadores, pois em varias cidades os catadores estão sofrendo com os processos de higienização e revitalização por parte das prefeituras, além dos ataques a nosso trabalho.
Basta de repressão!!
Na luta nascemos, na luta permanecemos e lutando venceremos!!
MNCR na Luta pelos direitos dos catadores!
MNCR, Nenhum passo atrás!
maiores informações: http://br.f904.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=mncrpoa@mncr.org.br
http://www.mncr.org.br/noticias_integra.aspx?noticia=240
Mais de 350 catadores caminharam tomando as ruas em Porto Alegre em direção a Prefeitura que fica no centro. Com palavras de ordem e manifestações políticas e culturais avançamos até nosso objetivo. As 14hs fomos recebidos por um secretário da prefeitura como ele não conseguia resolver nossa pauta de reivindicação, agendamos uma reunião com o prefeito para o dia 12/12 as 15hs.
Veja agora algumas falas de companheiros catadores: "não quero mais ter medo de trabalhar, medo de me levarem minha carroça e roubarem meus materiais, chega de injustiça"
"...geramos mais postos de trabalho a partir dos nossos, sem as carroças acabará com o trabalho dos capinseiros que cortam capim pros cavalos, ferreiros que fazem e colocam ferraduras, arreieiros que faz arreios, marceneiro que fazem carroças, o armazém e o mercadinho das nossas vilas, e mais outros trabalhadores que dependem de nós para trabalhar"
"chega de injustiça...queremos trabalhar com dignidade, reconhecimento e valorização do nosso trabalho"
Estas foram algumas palavras faladas durante os discursos calorosos que arrancavam palmas das pessoas que passavam pelo local além de palavras de ordem dos companheiros que estavam atentos aos discursos.
Uma das mais empolgantes das intervenções dirigido a população que nos assistia, foi nos passado por um companheiro da comissão nacional do MNCR. ele diz "...coletamos 150 toneladas por dia a custo zero..., este prefeito recebeu 200 mil reais para sua campanha na eleição, será que agora é hora de pagar?...mas e a empresa, não vai cobrar nada pela coleta?...quem pagará a conta?...somos mais de 15 mil catadores em Porto Alegre, se acabar com nosso trabalho, o que vamos fazer para sustentar nossas familias? já ouviram falar em MAFIA DO LIXO???" Estas são as perguntas que a sociedade portoalegrense quer escutar. Em Santa Cruz do Sul, na região do Vale do Rio Pardo, o MNCR juntamente com Resistência Popular realizaram a ação direta em frente a prefeitura com mais de 100 companheiros entre catadores, crianças, adolescentes e educadores populares, mais apoiadores. O MNCR reivindica junto ao executivo municipal o sancionamento de uma lei ? iniciativa dos próprios catadores e catadoras ? que institui o repasse dos materiais recicláveis coletados no município aos catadores organizados. A lei já foi aprovada pela Câmara. O prefeito disse que não pode aprovar a Lei agora porque há pouco tempo saiu a licitação para recolhimento e destinação, que já prevê que o material vá para os catadores. "É preciso esperar o resultado de licitação, que sai no mais tardar em abril, para se aprovar a Lei", disse o prefeito. O MNCR vai continuar pressionado, mas esse foi um importante passo para essa conquista se concretizar.
Já a Resistência foi cobrar políticas públicas para projetos autônomos na periferia. A partir da Luta do 1° de maio protagonizada pelos movimentos, foi formada uma comissão de vereadores para acompanhar as demandas dos movimentos junto ao executivo. Dentro da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) , está uma emenda que prevê destinação de um recurso público para suprir as necessidades da "Escolinha da Resistência", que educa diariamente cerca de 30 crianças e adolescentes do bairro Bom Jesus.
O recurso vai inclusive subsidiar o trabalho das educadoras que não recebem nada pelo seu trabalho. "Cobramos do prefeito que aprove a emenda e libere o recurso ainda no inicio do ano, para dar andamento às nossas atividades", falou a coordenação do movimento. Wenzel se comprometeu a voltar a fazer uma reunião com uma comissão da Resistência assim que a LDO for para o executivo. A previsão é que o Orçamento seja votado apenas em janeiro.
Em Caxias do Sul, o MNCR contou com a participação de 5 bases orgânicas, o dia foi de muita chuva, o que dificultou mas não acabou com a ação.
A prefeitura recebeu uma comissão do MNCR e nesta discussão encaminharam um grupo de trabalho que irá discutir a inclusão dos catadores com subsídio e outras demandas pontuais. Uma ONG e mais uma vereadora quiseram participar desta reunião, mas o MNCR não aceitou, "somos protagonistas e na hora da caminhada na chuva não apareceu ninguém, agora querem nossos louros..." escutou-se de um dos catadores. Os companheiros almoçaram na sede dos sindicato dos municiparios que apoiou inclusive com o carro de som e a tarde foram em direção ao Ministério do Trabalho. Durante todo o dia os companheiros distribuiram panfletos para a população entender melhor a luta do MNCR.
Em Santa Catarina, na cidade de Florianópolis o MNCR foi em direção a prefeitura onde exigi-mos que a prefeitura destine um terreno para que os catadores possam trabalhar. Entendendo um pouco a história. Em Florianópoli ja tinham um terreno com galpão. A prefeitura tirou o galpão e o terreno numa politica de higienização, apezar das lutas e resistencia que o MNCR fez, a prefeitura acabou tirando-nos do nosso trabalho.
Agora os estamos em um terreno que pertence a união e a luta é que a prefeitura destine um terreno, para que possamos trabalhar.
"Contamos caom a participação de todos os companheiros organizados no MNCR, o que nos deixou mais fortes durante a luta" diz o companheiro ca comissão nacional do MNCR. O MNCR ficou de apresentar um projeto para que a prefeitura avalie e com isso faça a destinação de um terreno conforme reivindicação do MNCR.
Em Erechim, na região norte do RS, saimos as ruas no dia 10, nossas reividicações é a inclusão dos catadores com subsídio além de agumas pautas pontuais. Em Santiago, na região centro também saimos as ruas pelas mesmas reividicações. Ja em Uruguaiana, estamos em discussão com a prefeitura a alguns dias, estamos aguardando as respostas da prefeitura quanto ao reconhecimento e a valorização dos catadores organizados através de subsídio.
Portanto, no dia de hoje não saímos as ruas, pois ainda estamos em avaliação das negociações, mas estamos em todo o apoio ao MNCR.
Luta nacional do MNCR
Depois da luta contra as prefeituras, também entregamos um documento na delegacia Regional do Trabalho e no Banco do Brasil de algumas cidades, que foi encaminhado ao governo federal, cobrando uma conquista do MNCR em março de 2006, na Marcha de Brasília. O mesmo documento foi entregue em todas as regiões que realizaram esta ação direta, numa luta conjunta e simultânea. A luta dos MNCR em Brasília há quase dois anos garantiu recursos federais para a criação de 39 mil postos de trabalho para os catadores e catadoras organizados no MNCR.
O documento exige a liberação dos recursos diretamente para associações e cooperativas de catadores, sem intermediação de ONGs e prefeituras. "Estamos cobrando do governo federal esse recurso que conquistamos na luta. Lembro-me muito bem que quase perdi minha vida e a de vários companheiros nesta luta. Não daremos nenhum passo atrás na conquista de nossos direitos", disse um dos coordenadores regionais do Movimento Nacional dos Catadores.
Outro eixo da Luta Nacional é contra a repressão e a violência aos catadores, pois em varias cidades os catadores estão sofrendo com os processos de higienização e revitalização por parte das prefeituras, além dos ataques a nosso trabalho.
Basta de repressão!!
Na luta nascemos, na luta permanecemos e lutando venceremos!!
MNCR na Luta pelos direitos dos catadores!
MNCR, Nenhum passo atrás!
maiores informações: http://br.f904.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=mncrpoa@mncr.org.br
http://www.mncr.org.br/noticias_integra.aspx?noticia=240