Governo Lula mente sobre o fim da Dívida

O discurso da esquerda brasileira nas ultimas décadas foi de denúncia à espoliação que os credores internacionais geram através da cobrança de juros da dívida. Similarmente ao que ocorre com qualquer pessoa, quando entramos em uma dívida com altos juros é quase impossível sair dela, muitas vezes a única possibilidade é vender algum bem como um carro ou uma televisão. No caso do governo até mesmo essa última saída já foi feita, muitas empresas como a Vale do Rio Doce e a Telebrás foram vendidas, mas ainda assim a dívida só aumentou. A partir da experiência que o PT teve quando foi esquerda, hoje, eles sabem exatamente quais são as melhores táticas para calar tanto a oposição socialista, quanto a fascista, aproveitando-se sempre da conivência da mídia que é incapaz de denunciar os dados referentes a divida que este artigo apresenta: Na contramão da euforia do último anuncio feito pelo governo de que o Brasil quitou a dívida externa, a verdade é que esta foi trocada por dívida interna, através da emissão de títulos da dívida pública que são lançados no mercado baseados na taxa SELIC, que é a maior do mundo, porém, fora o fato dos juros da dívida interna serem maiores, ainda existem outras desvantagens: A dívida interna é em Real, moeda essa que foi valorizada frente ao Dólar e isso não ocorreu por mero azar ou coincidência, na verdade, quando o governo inunda o mercado com títulos da dívida ele acaba por receber capital especulativo estrangeiro, portanto, colocando mais dolares em circulação, o que faz com que este se desvalorize (ou que a moeda local se valorize). Só nessa conversão cambial o investidor estrangeiro lucrou em média 20%. Percebe-se ainda que a dívida Interna não deixa de ser com credores internacionais, portanto não existe qualquer diminuição da dependência do Brasil com o capital externo. Para completar, o prejuízo ainda é aumentado pela necessidade do Banco Central comprar esse excesso de dólares para evitar que o real se valorize ainda mais e acabe prejudicando a balança comercial. Em dezembro de 2005, quando o governo anunciou com igual pompa a quitação da dívida com o FMI, esqueceram de informar que a dívivida total na época era de R$ 1,5 trilhão, enquanto o valor quitado foi de cerca de R$ 40 bilhões. Ainda divulgaram, descaradamente, que haviam economizado R$ 2,4 bilhões nessa transação através do desconto dos juros, mas, na realidade, o país perdeu 26 bilhões só com a diferença cambial (já que na época o Dolar estava na ordem de R$ 2,70). A conseqüência direta dessa política para o cidadão está expressa no gráfico ao lado. Segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, que utiliza como fonte o Sistema Access da Câmara dos Deputados, o governo costuam gastar apenas 2,14% do seu orçamento com educação enquanto gasta 32,36% com juros da dívida pública. A previdência Social, que muitas vezes é apontada como a culpada de todos os problemas econômicos do país, consome apenas 27,46% da receita da união, enquanto os repasses para estados e municípios, que são a maior parte da fatia denominada “outros encargos especiais” não chegam a 18%. Referencias: http://economia.uol.com.br/ultnot/2008/03/05/brasil_turquia_maior_taxa_de_juros_real_mundo.jhtm http://www.divida-auditoriacidada.org.br http://www.debit.com.br (histórico da cotação do dólar) http://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/12/13/ult27u52820.jhtm