da Ansa, em Pequim
Cerca de 50 monges tibetanos receberam nesta quarta-feira no monastério de Labrang, Província de Gansu, com gritos de "liberdade" e "longa vida ao dalai-lama", os jornalistas que participam da segunda visita ao Tibete organizada pela China.
Um dos jornalistas que fazia parte da comitiva informou à Ansa que muitos monges, em sua maioria jovens, choravam e que, após terem falando por cerca de dez minutos, foram afastados, aparentemente de forma pacífica, por outros monges e policiais.
A tocha olímpica, por sua vez, contestada em sua passagem pelas cidades de Londres e Paris, chegou hoje a São Francisco, nos Estados Unidos, onde já ocorreram protestos.
Entre os manifestantes estava o ator Richard Gere, amigo pessoal do líder espiritual tibetano, o dalai-lama, que marchou ao lado de algumas centenas de pessoas em sinal de solidariedade ao Tibete e em protesto contra a supressão dos direitos humanos na China.
O prefeito da cidade de São Francisco, Gavin Newsom, pediu para que as manifestações ocorram de modo pacífico.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que será recebido nesta quarta-feira pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, expressou sua preocupação pelo prosseguimento da viagem da tocha.
O presidente da Região Autônoma do Tibete, Qiangba Puncog, reafirmou, por sua vez, que a China pretende realizar a passagem da tocha por Lhasa, mesmo com os riscos de novas manifestações.
"Estou confiante de que tudo estará tranqüilo, assumo a completa responsabilidade", declarou Puncog.
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